quinta-feira, 1 de julho de 2010

PSDB FECHA COLIGAÇÃO E ESCOLHE HELENILSON PONTES DO PPS PARA VICE

Com um discurso aparentemente calculado com o objetivo de sensibilizar seus companheiros de partido e também dos aliados, mobilizando-os para o enfrentamento da campanha, o ex-governador Simão Jatene, candidato pelo PSDB à sucessão da governadora Ana Júlia Carepa, pregou ontem uma “revolução” nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Jatene, que teve sua candidatura homologada em convenção, declarou-se confiante no apoio dos servidores estaduais “para resgatar a dignidade e a eficiência do serviço público”.

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O ex-governador ressaltou que, na verdade, o Pará deve passar por três grandes revoluções. A primeira, pelo conhecimento como meio de transformações econômicas e sociais. A segunda pela produção, objetivando a geração de emprego e renda. E a terceira, por novas formas de gestão e governança, através de mecanismos que permitam o exercício compartilhado do poder entre governo e sociedade.

O candidato tucano, que vai encabeçar a coligação “Juntos com o Povo”, que reúne seis partidos políticos – PSDB/ PPS/PSDC/PMN/PRP/PRTB –, se declarou convicto de que a sua candidatura será vitoriosa no pleito de 3 de outubro, mas previu, como um alerta para correligionários e aliados, que a disputa não vai ser fácil. “Pelo contrário, vai ser uma disputa muito dura, uma guerra”, destacou, acrescentando que a vitória precisará ser construída com a união de todos.

ADVERSÁRIOS

Jatene adotou um tom moderado ao se referir aos adversários na disputa, preferindo destacar o amplo leque de apoio armado em torno do seu nome. “Esta convenção é a convenção dos que amam e respeitam o Estado do Pará e os paraenses. Por isso temos aqui militantes de todos os partidos”. E acrescentou: “A convicção que nos une é a certeza de que podemos ser muito melhores do que isso que está aí”.

Foi assim, em frases ferinas, mas sutis, que ele direcionou suas críticas ao atual governo e a candidata à reeleição, a governadora Ana Júlia Carepa, ao mesmo tempo em que poupava o outro adversário, Domingos Juvenil (PMDB). A convenção do PSDB, aliás, foi marcada por artilharia pesada unicamente contra o atual governo. Sugestivamente, nos momentos em que um ou outro orador passava a criticar algumas lideranças peemedebistas o controlador de som tratava de abafar e interromper o discurso com trilha musical em alto volume.

Simão Jatene foi o último orador da convenção do PSDB, encerrando uma sequência de mais de duas dezenas de discursos somente na fase de encerramento do ato partidário. Dos diversos oradores, bateram pesado na governadora Ana Júlia, por exemplo, o deputado Alexandre Von, o deputado Arnaldo Jordy (PPS, aliado do PSDB), o candidato a vice-governador, Helenilson Cunha Pontes (PPS), e a prefeita de Abaetetuba, Francineti Maria Rodrigues Carvalho. Esta última disse que, em quase quatro anos, a única obra realizada por Ana Júlia no seu município foi mandar para lá alguns ônibus com cerca de 200 pessoas para promover invasões.

Helenilson Cunha Pontes, disse que a ética e a moral estão em desuso no Pará e lamentou que o Estado só consiga frequentar o noticiário nacional por fatos que envergonham o povo paraense. Já o deputado Arnaldo Jordy alertou para a falência do Estado, na avaliação dele submetido “ao desastre, ao desmando e à corrupção”. Alexandre Von, por sua vez, destacou que o Pará não merece uma dose dupla do atual governo, que classificou de “sujo, corrupto e incompetente”.

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A convenção tucana foi longa e festiva. Começou às 14h e encerrou após as 19h, ao confirmar o nome do santareno Helenilson Pontes como candidato a vice-governador, além de referendar o nome de Simão Jatene para o governo do Estado e do senador Flexa Ribeiro para reeleição e anunciar que o nome da coligação será Unidos pelo Povo. Mas a lista com todos os candidatos a deputado federal e estadual só deve ser divulgada hoje, juntamente com o nome do suplente de senador.

Jatene entrou na convenção, realizada no ginásio do Sesi, às 17h. Ele chegou junto com Flexa Ribeiro, Mário Couto e deputados. Helenilson Pontes chegou mais tarde, acompanhado do presidente do PPS, Arnaldo Jordy, e de um grupo de militantes. A ausência ficou por conta do ex-governador Almir Gabriel, que continua no partido, mas apoiando Domingos Juvenil (PMDB).

Os discursos longos de tucanos a aliados ressaltaram que a festa era espontânea e que se concretizava em uma resposta a quem apostava no isolamento do candidato tucano. Antes de começar seu discurso, Simão Jatene convidou a plateia a cantar o hino do Pará e repetiu o discurso de moralização da política que tem usado desde o anúncio de sua pré-candidatura. (Diário do Pará)

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